Há diversos itens que os consumidores não sabem onde foram fabricados. Roupas, sapatos, eletrônicos e outros objetos podem ter sido produzidos em um local bem distante, mas foram comprados na loja do bairro ou chegaram em alguns dias úteis direto em seus endereços. Isso acontece graças ao sistema logístico, em que profissionais definem estrategicamente qual será a solução mais segura, econômica e eficiente para o produto chegar até o cliente final.
Em tempos de distanciamento social, com tantas lojas físicas de portas fechadas e as compras online em crescimento exponencial, é fato que a movimentação de cargas ganhou ainda mais destaque e foi fator crucial para que a economia continuasse rodando. Com a logística, as empresas não dependem exclusivamente de seus consumidores locais e conseguem expandir sua capacidade de vendas para todo o território nacional.
Sobre a transformação digital que se intensificou durante o último ano por conta da pandemia, Sergio Thomaz, CEO da Costa Brasil – especialista em Transporte Multimodal de Cargas – afirma que “as empresas foram obrigadas a melhorar aquilo que já fazem, inovar, digitalizar e simplificar processos, com maior visibilidade, confiabilidade e agilidade nos prazos de entregas.” Segundo ele, um exemplo de como a aceleração tecnológica contribuiu para o sistema logístico brasileiro foi o ganho da competitividade, que traz uma maior facilidade no tratamento da informação, sendo fundamental para tomadas de decisão estratégicas e para incrementar ações segmentadas e personalizadas às necessidades dos clientes.
A fim de otimizar e profissionalizar o plano de distribuição, empresas podem contratar companhias especializadas, como um Operador de Transporte Multimodal (OTM), que utiliza duas ou mais modalidades de transporte através de um único contrato, ficando a carga sob sua responsabilidade desde a origem até o destino. Sergio Thomaz defende a multimodalidade, dizendo que “as empresas podem se beneficiar com ganhos de escala e disponibilidade de transporte, além de segurança, velocidade, capacidade e pontualidade inerentes a cada modal.” De acordo com o Plano Nacional de Logística do Ministério da Infraestrutura, 65% do fluxo de cargas no Brasil é exercido pelo transporte rodoviário, seguido pelo ferroviário, com 15%, e a cabotagem, com 11%. Os 9% restantes são divididos entre hidroviário, dutoviário e aeroviário.
Quando o assunto é redução de custos, Sergio explica que ela vem da eficiência na utilização das melhores alternativas entre origem e destino. “A cabotagem com origem Sul e Sudeste para Norte e Nordeste integrada ao transporte rodoviário de pequenas distâncias nas pontas pode trazer até 30% de economia em relação ao transporte rodoviário ponta a ponta”, exemplifica.
Em resumo, a estratégia multimodal sobressai em termos de baixa burocracia, por ser necessária apenas uma empresa contratada; eficiência logística, por envolver diferentes modais em um único planejamento; e despreocupação em relação à integridade da carga e pontualidade da entrega, já que o OTM ficará responsável por todos os detalhes do transporte. Tendo em vista os próximos passos rumo ao crescimento do mercado multimodal, o CEO da Costa Brasil diz estar muito confiante e destaca o modal marítimo: “temos o projeto BR do Mar em votação no Senado e esperamos aumentar a capacidade deste modal significativamente aos nossos clientes.”